Corre as varas da porteira,vem chegando a reculuta Potrada de queixo roxo, começo de lida bruta Mouros, zainos e gateados, picaços e douradilhos Grito de 'Forma, cavalo!', serviço para o lombilhos Desde o preparo de doma, rédea, cabresto e bocal Maneia de tira-teima, espora, mango e buçal Cincha de tento torcido e um travessão de papada Serigote retovado de manotaço e dentada Um baio ruano escolhido para o peão namorador Crioulo solto de pata, monarca e escarceador Pois traz na anca de prata um pessuelo de cantiga Baio ruano preferido das prendas e raparigas Não precisa pé de amigo nem precisam amanuncia-lo É só cantar as virtudes da alma desse cavalo Pode levar de a cabresto o baio ruano falado Mas nunca desacredite da força de seu estado