Vêm chegando os piragueiros lá no Passo Um abraço de quem chega e logo sai Romaria de crianças pelo porto Num sorriso do tamanho do Uruguai Abóbras e morangas vêm na proa Rapadura, puxa-puxa no porão (Doce seco, pão de milho nos balaios) (E o mais velho piragueiro no timão) Abóbras e morangas vêm na proa Rapadura, puxa-puxa no porão (Doce seco, pão de milho nos balaios) (E o mais velho piragueiro no timão) Pisa em solo são-borgense os piragueiros Que de longe vêm cantando uma canção Um traguinho de cachaça requeimada Já faz parte da fraterna comunhão E um cochincho carijó abrindo o peito Arrepiado pela viagem que passou (Puxa um canto missioneiro lá no fundo) (Anunciando para mundo que chegou) E um cochincho carijó abrindo o peito Arrepiado pela viagem que passou (Puxa um canto missioneiro lá no fundo) (Anunciando para mundo que chegou) As piráguas eram barcos camaradas Que chegavam destribuindo mel e pão Se embretaram no remanso do progresso Mas ficaram no meu porto-coração Onde andam as piráguas que não chegam? Onde andam as piráguas que não chegam? Onde andam as piráguas?