Silêncio constante na mente do sábio Que olha pro mundo em ruinas No cachimbo ele fuma cada lágrima que chorou E engole o gosto amarg ode sua decepção As cores não atingem seu olhar Os ventos cortantes não lhe causam nenhum arranhão O tempo congelano ar Seus passos o levam pra escuridão O que vamos fazer Quando o última gota de chuva cair Será que vamos ver Ou não vamos nem sentir Pra onde vou correr Quem vai me tirar daqui? Não resta mais ninguém Pra olhar nos olhos e lutar ao lado meu O deus que disseque jamais nos abandonaria Se foi pois percebeu que éramos tão terríveis quanto ele Nos restou somente o mestre das sombras Nos ensinando que na frieza habita a sabedoria O que vamos fazer Quando o última gota de chuva cair Será que vamos ver Ou não vamos nem sentir Pra onde vou correr? Quem vai me tirar daqui? Não resta mais ninguém Pra olhar nos olhos e lutar ao lado meu Um mundo frio Uma selva de pedra Numerosa Como os grãos de areia ao lado mar Não nos conhecemos Não nos percebemos Seguimos rumos distintos Em um grão de areia no universo Tão longe de qualquer divindade que os homens insistem em venerar Distante de uma luz Sob a luz da escuridão O homem evoluiu, mas outros homens evoluíram Mais os menos evoluídos foram condenados a servir Desde pequenos aprendemos a servir um Deus, a servir uma família A servir o coletivo mas, quando crescemos, notamos nossa profunda solidão e individualidade Não temos deuses, não temos mulheres, não temos amigos pois tudo é passageiro Tivemos pessoas, mas essa realidade acaba, e tudo se perde Tudo sempre será em vão