Me mate pra saber se eu gosto Nem tudo que sinto é o que mostro As vezes me sinto como um monstro Por não cativar o que demonstro Me mate pra saber se eu gosto Paro, oro, peço, penso Converso tanto com Deus E ele em jogo de silêncio Quando a gente bate um papo Eu sinto até um arrepio De quem nunca respondeu Mas sei que sempre me ouviu Tudo anda tão sem cor Esperando o fim do dia Ou algo sensacional De uma semana vazia Paz é o que eu sempre quis Parece até uma ironia O silêncio me conforta Mas também traz agonia Minha necessidade de ser sempre visto todo dia me sufoca Minha prioridade de ser aplaudido é o que mais me sabota Ultimamente não vejo alegria nem quando o violão toca Não quero que ‘cê sinto dó de mim porquê essa é a pior nota Leve isso como quiser, não tô ligando Só quero matar o que tá me matando Não sei se é pecado isso que eu tô cantando Sei que dói mais se eu não tô me expressando Me mate pra saber se eu gosto Nem tudo que sinto é o que mostro As vezes me sinto como um monstro Por não cativar o que demonstro Me mate pra saber se eu gosto