É muito mais simples desenhar alguém só Não gastar grafites, imaginar sem dó Um garoto triste sem ninguém para amar Não me dê palpites, deixe eu me desenhar São belos rabiscos cheios de solidão Espaços vazios que não se preencherão Alguma verdade crua se esconde lá A lacuna é onde você não quis estar Se não quiser me olhar, dobre-me outra vez Não vai me machucar mais do que já fez E eu me pergunto quanto que eu vou durar Se com sua borracha você irá me apagar Mesmo assim minhas marcas ficarão no papel Pinte sobre mim e me condene ao seu céu Agora é sua vez de desenhar você Entre espaços que jamais vão se preencher