Laroyê, Exu, detentor de toda a sabedoria do mundo Mensageiro dos Orixás Aquele que anda entre o mundo dos mortos e o mundo dos vivos Peço sua proteção, meu mestre Para que, nesta noite Eu ande vigiado Salve o povo da rua Sete facas encravadas sobre uma mesa Vou chamar seus Sete Encruza pra firmar sua força Ou até mesmo Seu Zé malandragem boa é a de mulher Maria do Cais, em você tenho fé, me mostre a verdade e me diga quem é Aquele trapaceiro, que dizia ser amigo, mas queria o meu dinheiro Queria me foder, queria me afundar Mas eu sei que meu povo esse Kiumba, vai levar Você achou que eu era fraco, achou que ia me derrubar Que pena, parceiro, você se ferrou Agora, na mão do Seu Zé, você vai sambar! Hã, hã, salve a malandragem! Que a malandragem me acompanhe nesta noite É por Zé Pilintra que navalha tá no floit Ela é foda demais, tem respeito, rapaz Não duvide do que essa moça é capaz! É que Exú, ganhou um gado, mas não quis comer sozinho Porque tudo é partilhado nesta vida, eu nunca andei sozinho Meu povo da rua, em vocês tenho fé Aonde quer que eu estiver Armas de fogo, meu corpo não alcançarão Facas e lanças, quebrem-se se meu corpo tocar Cordas e correntes, arrebentem-se se meu corpo amarrar Porque sou filho de Jorge não há mandinga que vá me afetar! Dói, dói, dói, dói, dói Um amor faz sofrer, dois amores fazem chorar Dói, dói, dói, dói, dói Um amor faz sofrer, dois amores fazem chorar A força que me guia, a força que me faz caminhar A força dos meus guias vem da luz de Oxalá Tenho fé em quem me protege Não ando sozinho, eu não sou moleque Pode vir com o que quiser Malandragem boa é malandragem de mulher Seus rap, lindra, meu padrinho, eu tenho fé Exú e Pombagira, vai cortar o que tu fizer Tô te avisando não demande contra mim Se demandar, vou te entregar pra Exu mirim Seu Beuzebu vai confirmar lá do inferno Quando der meia-noite, o cabrito vai dar um berro!