A arte de ter mil maneiras de amar Com sangue latino de um homem com H Se corre ou fica? Você quem me diz! Ney Matogrosso da Imperatriz Quem é? Criatura alada em voo sonoro Decifra-me, ou te devoro Eu sinto o canto do seu corpo nu Quem é? Quem é? Homem ou mulher? Todos perguntam Mal sabem que a fera que assusta É a alma da América do Sul A voz e a cabeça estão na bandeja Silêncio na boca dos opositores O doce/amargo, Secos e Molhados Purgando os horrores Não dá pra classificar Tampouco compreender O sentimento que desperta o prazer Bandido, bandoleiro e cigano Feitiço sagrado, anjo leviano Espelho da rua, a contradição Doçura e pecado no mesmo refrão E quem nunca dançou com a própria dor Não sabe o sabor do meu amor Numa balada de loucos Prefiro ser outro além do real Com um pavão misterioso Vejo pirilampos em um recital Quero o seu rebolado Sentir seu gingado juntinho de mim Num baile profano Frenético, insano, que nunca tem fim Esse teu corpo me aquece De um jeito que até parece Um Sol pro dia nascer feliz