Viradouro, se quer me matar de amor Que seja na Sapucaí Ouço a sirene rugir Apito e a Lua dança comovida Regendo, desfilo o enredo da minha vida Deixa falar, a batucada do Estácio é envolvente Tem malandragem por comissão de frente Corto com trunfo, virada de gala Feito passista e mestre-sala Faço bossa nos trilhos da fantasia A evolução da liberdade, arrepia Com tantos compassos, tantos carnavais Tantos arranjos de bambas imortais Sobe a marcação, pode apostar em mim O surdo arma o xeque-mate do tamborim De joelhos, de joelhos reza o tambor Suspense, suspiro, silêncio, o tempo parou! Bateria, és meu coração e te escuto A ousadia em batimentos por minuto Nossa harmonia ressoa lealdade E sempre terá, esta força maior nos invade! Vem das veias do ritmista O sangue no couro, mais uma estrela se conquista Enquanto houver uma criança na cadência tão singela Brincando de repique na favela Eu viverei esta alegoria Sob aplausos da emoção, aclamado rei Um furacão rasga o céu, rodopia no ar Treme a terra, o pau vai quebrar! A caixa no alto, a cuíca se atiça O samba me chama, pra cima, Ciça!