Se você me tentar, lhe tiro do sério Púrpura névoa de puro mistério Extraio dos seus caprichos a sua dor Pra tingir de lilás toda zanga preta E expor no varal qualquer turra ou treta Que me esqueça a danada da irritação! Vou espantar qualquer mau vento daqui Que faz meu dia parecer um neon Me azucrina dando ensejo a um pití, sai daqui! Sai pra lá! Depois não resta nada As portas tão fechadas e sós Somos voz de um cosmos: Sós! Se ela me descontar o aborrecimento Das intrigas e birras que desinvento Tiro minha implicância do coração Ziquizira teimosa, ninguém agüenta Um imbróglio, escambau da maior encrenca Que a minha ladainha é a solução Vou espantar qualquer mau vento daqui Que faz meu dia parecer um neon Me azucrina dando ensejo a um pití, sai daqui! Sai pra lá! Depois não resta nada As portas já fechadas e sós Somos voz de um cosmos: Sós! As portas tão fechadas As manchas já deixadas As luzes apagadas Os letreiros luminosos e sós!