Quando o raio caiu A força do estrondo rompeu a cabeça do homem que não tem pavio Seu destino ficou por um fio O que é o destino É um desatino Que desconstrói Quando a radiação Do raio cobriu a cidade fazendo cenário pra assombração O homem pensou na razão De ainda estar vivo Qual é o motivo Da concessão? É relativo É sim e não Pois o homem tá lá Vivendo sem saber se vive, ele vive sabendo que não saberá Que o raio não vai lhe contar A vida é um soco Nem cais nem porto Não tem jabá E vivo ou morto Te levará Será no raio do balaio duma chuva de fé Será na lama da caçamba da canção Será no ralo da banheira da madame Lelé Será no site que propaga o birinight Toma passe com manteiga e café Será no papo da paquera do divã de Lacan Será no filho da sapata que pariu Será no rango do candango no cotoco da rã Será na tela que revela a magricela Da caveira banguela Quem é ela Foge dela