Na rua estreita por onde passo E não me vejo Há um dia quente que não encontro Mas em que sonho E o livro aberto que me folheia Não me descobre Hei de encontrar a fenda que há em tudo Por onde corre a brisa lenta E todo o amor que há no mundo Hei de encontrar a fenda que há em tudo E tatuar no peito o medo E tatuar no peito a cura Há um cruzamento onde me escolho Mas não me mudo E em cada espelho, em cada passo Que me desprendo O livro aberto, a folha em banco E o grito surdo