Lá fora a chuva cai No o lago infinito Aldeias ao redor esperam pelo sol Tal qual como está escrito E diz-me quem tu és, meu monstro sem alento De coração tão puro, mas às ordens do vento E seu soprar, se eu soprar no sentido certo Sem temer, se eu soprar Dormirás sereno Por onde eu for, por onde andar Talvez amor, talvez amar Um outro chão, um outro olhar Por onde for, por onde andar O monte trovejou Do céu ouviu-se um grito E a força desta água Lavando a minha estrada Apaga o que está escrito E quando eu for maior vou querer ser infinito Como este lago fundo de aldeias ao relento E se eu dançar de frente para o veneno Vai chover, trovejar Mas dormirei sereno Por onde eu for, por onde andar Talvez amor, talvez amar Um outro chão, um outro olhar Por onde for, por onde andar E se eu soprar, se eu soprar no sentido certo Vai chover, trovejar Dormirei sereno