Evoca o pajé encantado, mangueira Da mata seu protetor, das folhas o senhor E desce sumaúma pra defumar Nos tragos, goles, o transe Ao som do maracá Tinge meu Norte com teu urucu Que minha nação vira tucuju Na correnteza a herança, na afluência, saber Das aldeias aos quilombos, meu pertencer Um cochicho doutro mundo na moringa O segredo na garrafa, mandinga Chama Oxóssi e Ossain Toda jurema pra ver Que o doutor da floresta Sacaca É ciência que não se lê Deixa dobrar o tambor, entrelaçar os brasis Entre festas, tradições Pra valer nos barracões a memória, a raiz Quem guarda a cultura preserva o país Deixa dobrar o tambor, entrelaçar os brasis Entre festas, tradições Pra valer nos barracões a memória, a raiz Quem guarda a cultura preserva o país Preto velho, tronco de amapazeiro Nada pode aprisionar a sua fé Junta samba e marabaixo Fruto do mesmo cacho que não cai longe do pé (Vem pro meu axé) Preto velho, vem baixar no meu terreiro Onde a vida é muito mais do que se vê Só quem ama a escola de zagaia e de cartola Consegue entender Xamã babalaô, curandeiro da floresta Xamã babalaô, seu poder se manifesta Tá no chão que faz o samba Tá na mão que faz benzer Mangueira, saravá! Çai erê! Le le le le le le aê aê Le le le le le á Deixa o morro descer Pra Amazônia incorporar