Eles não tem culpa Sei que ainda são meninos Não adiante querer me revoltar Se a revolta só faz ferir meu peito E desse jeito como é que vai ficar Vejo meninos sangrando na crença da cuca da gente Não dotados pela qualificação O gueto é sua flama O chão sua cama onde descasa os seus pés Deitados, os seus corpos só buscam esperança Olhando pro teto, o céu Amém Amém Amém Essas criaturas Pois, não existe meninos de rua Todos tem o seu lar São naturezas refletidas da gente E aqueles que pensam não os abandonam