Veja a face sofrida dessa gente, Tanta gente sofrida Buscando uma vida decente, Buscando um pouco de paz em suas vidas Mães que sofrem sós com seus filhos Pobres e desassistidos Pais que se escravizam sem ter sequer O leite e o pão dos seus garantidos Melhor nem ter com quem contar, Do que contar com quem, com quem só quer se aproveitar Da boa fé dos que precisam; Se dão algo, algo mais eles visam Só em seus interesses se inspiram, Nada, nada, de coração, terão pra lhe dar Eleve ao Mais Alto o seu pensamento É preciso ter fé, é preciso saber dar tempo ao tempo Dentro de sí você achará A força contida do firmamento E Jah então lhe proverá, nada, nada do que for preciso lhe faltará Do outro lado eu vejo a soberba desses ignóbeis senhores Que na boa aparência escondem a sua ganância, toda a sua indecência Bem cuidados senhores da suas riquezas, senhores dos muitos favores Das vantagens fáceis do poder, senhores do tráfico de influência Distribuem gracejos e sorrisos afáveis em seus jantares e encontros agradáveis Disfarçam assim as suas tramas e a sua peçonha Um dia ficarão desnudos perante a verdade e já não serão tão amáveis Não saberão esconder os seus podres e sua vergonha Eles herdaram as ruínas da Babilônia Senhores que são miseráveis, senhores de tantas e tantas riquezas Eles herdaram os escombros da Babilônia Até o chão fugirá dos seus pés, ruirá com eles a sua grandeza