Lá vem Paulinho Galocha munido de rosas, com brilho no olhar, em meio a cena, ó triste madrugada!, no pé da calçada faz charme no andar. A "Nena" tanto gosta, mas se encanta com a prosa d'um outro que está do lado de lá. É Zé Magrelinho, rapaz elegante como ele não há. O Galocha cansado e a Nena do lado a pedir proteção, se desenrola com uma atriz da bossa solta beijinho e depois diz que não. Se chega Zé Magrelinho, de fininho se encosta, diz que tá frio, mas já já faz calor e o Paulinho, coitado, deixou um fiado, pois bebeu o que restou. Zé Magrelinho é galã Tarcísio Meira fica pra trás. Só bebe whisky importado e tem a lábia de ser um bom rapaz. Não fuma, não cheira e até já morou na Suiça toca pandeiro, reco, cavaquinho, foi mestre-sala no Rio e desabrocha a cuíca. Enquanto Paulinho, agora, anda desempregado compra cigarro sempre a dez centavos e reclama da vida e de não ser nunca amado. Compra cigarro sempre a dez centavos e no samba inventando de chegar atrasado.