Peguei um pau seco lá no sertão E desse pau eu fiz um violão Com ele eu vou por esse mundo afora desabafando o meu peito nesse chão E quando eu caio no meio de um xaxado puxo do peito coitado já vem cansado Um canto alegre, mas que traz ele a tristeza, o povo dança arrasta o pé na terra presa Pra esquecer a seca do sertão La la la luê, la la la luê La la la luê, la la la luê La la la, la la la luê A enchada bate devagar na terra dura cada batida É a esperança de fazer uma semente brotar e ver crescer Mas vem a seca e queima tudo pra valer matando assim o sonho de viver Eu não entendo esse mundo de meu Deus aqui no norte lágrimas Nem caem no chão se evapora vai pro céu não volta não se junta as nuvens Que vão lá pro sul então para matar afogado meus irmãos La la la luê, la la la luê La la la luê, la la la luê La la la, la la la luê