Nóis conhece o fundo do poço Sua dor, também é nossa dor, irmã Então tire a tarja dos olhos E pega a visão de esperança Boas novas, levante-se Minh'alma gangsta Do féu à glória já Provou decepções E tirou lições Levante a cabeça e vamos Sem temer mal algum então vamos O que me aprisionava não pertence mais Não me pertence mais Sob esses versos eu lavo Minh’alma de dentro pra fora Externo emoções encubadas, relatos de vendas nos olhos Tem que ser, mulher fato e coragem, pra abrir o coração E assumir sem medo, que vem de dentro, o poder da transformação Minhas marcas não selam meu fim, o que me trouxe até aqui Não me fez refém, e nem permitiu que triunfem Sob a criança açoitada órfã, que mendigava afeto Escrava que tolerava agressão, em troca de comida e teto Minha alma gangsta revela a fortaleza Um símbolo de força, persistência e resistência É que semente sem adubo um dia cresce E inevitavelmente belos frutos nela florescem Sem uma bela infância, assumi responsas, andei na contramão, venci segregação Eu tomei posse, virei mulher precoce, arma letal contra abuso e discriminação E a voz da minha consciência Me implorou sapiência Sempre que me viram plena Preferi sair de cena Já que, a noite foi tão fria sim Me vi, sozinha e quase desisti de mim Sujaram minha pureza, eu tenho medo de você Te vejo em outros olhos, sua maldade percorrer Meu templo, meu corpo, dediquei tempo e esforço em Reconhecer do céu Saber qual era o meu papel De troco, minha dor eu troco, tive consolo e hoje sou colo Me pedem socorro É o que me dá sentido e me faz voltar pro solo Minha vida, uma sinfonia Altos e baixos, desgaste, euforia Domesticada para ser, mulher de alguém Dentro de mim, sempre quis ir além Viver humilhações, não Abaixar a cabeça, nana nana nanão Tive que escolher, se era eu e você Ou o mundo, que ainda tinha a conhecer Sabiamente vivi o meu sonho Compartilho qual foi o meu ganho Sou livre para amar, o quanto eu puder Eu amadureci, e me tornei mulher Já não carrego nenhuma ferida Independente, assim levo a vida Hoje tudo faz sentido À mim só fazem o que realmente eu tenha permitido Sem minha rainha, minha mãe, que se foi tão cedo Sem referência, sem apoio, refém do medo Com um filho que eu não gerei Mas tem meu DNA É por nós dois, meu irmão, e eu não posso errar Sem dinheiro pra um cropped, pra reagir Vou trabalhar, vou estudar, eu não vou desistir Vencendo cada batalha, sobrevivendo a guerra Uma luta diária, pra não deixar sequelas Então me permiti, amar e ser amada Mesmo com tanto esforço, não fui valorizada Não respeitou minha história, toda minha trajetória Suas juras de amor, foram contraditórias Hoje com quase 40, meu filho com 13 Com bagagem, com coragem sou experiente Com orgulho de mim, essa aqui eu escrevi Porque quando doeu, somente eu senti A vida veio sem massagem, eu já 4. 0 Nunca foi fácil pra mim, já estive no inferno De frente com meus demônios, despreparada pra eles Comi o pão que o diabo amassou, o sabor dos desprazeres Mas, vim pra ser mulher, sobreviver aos desafios Desafetos, deixei na curva, correndo riscos Enfrentei minhas dores, levantei minha guarda Nem olhei pra trás, tirei a tarja da cara Pra enxergar que é eu por mim, minhas filhas, família Pra entender que o tamo junto, só sugou da minha vida Nunca foi fácil, querida, levanta sacode a poeira Não se dê por vencida, bóra, levanta a cabeça Palavras vinham de dentro de mim, na solidão da alma Cabisbaixa, machucada, sem destino, quebrada Mais eis-que ressurgi do abismo, entre larvas de fogo Lauren priscila fênix, vida real não é jogo Minha alma gangsta Minh’alma gangsta Do féu à glória já Provou decepções E tirou lições Levante a cabeça e vamos Sem temer mal algum então vamos O que me aprisionava, não pertence mais Não me pertence mais, não me pertence mais Não me pertence mais, não me pertence mais