Vem no toque do tambor Ouvir o som da resistência Raiz da sabedoria, Africana essência da herança ancestral A face escondida na voz folharal Força de congo, filho da mata Liberdade: Ginga nos escombros da senzala Faz a dor gemer de dor Ô, sou congueiro, na batida da casaca É canto e dança no chão de roda d'água Tem festa com arte estampada na cara Quem vem lá sou eu, quem vem lá sou eu É zombeteiro encantado, é nosso guia Na roda gira a paia da saia girou Batucaê que João Bananeira chegou Por todos os cantos ressoa a voz, capixaba Miscigenada, um canto ecoa e nunca se cala É santo, o espírito das congadas Uma vela numa reza O seu povo te venera Aos pés do convento em devoção Á sua bênção será eterna Mãe negra dai-me proteção Nossa senhora da penha, és minha proteção! Eu sou Boa Vista, meus olhos de águia No Sambão do Povo vejo a emoção A resistência que firma forte no couro Legado do Congo, filhos de João!