Eu queria que certas palavras nunca tivessem te atingido Que esses fragmentos e pedaços tivessem achado algum abrigo Que o seu indefeso coração tivesse tido ao menos um ombro amigo E que seu espírito voasse livre, leve e longe de perigo E a gente aqui de novo De frente pro espelho Cutucando defeito Caçando uma maneira de se aceitar De me aceitar Essa dor tão antiga ainda sufoca Meu peito ainda guarda o que ainda não encarei Medo, quem não tem? Medo, quem não tem? A dor me revela o que ainda não consertei Não mais me esconder Não mais me esconder Eu queria que certas palavras nunca tivessem te atingido Que esses fragmentos e pedaços tivessem achado algum abrigo Que o seu indefeso coração tivesse tido ao menos um ombro amigo E que seu espírito voasse livre, leve e longe de perigo Eu queria que certas palavras nunca tivessem te atingido Que esses fragmentos e pedaços tivessem achado algum abrigo Que o seu indefeso coração tivesse tido ao menos um ombro amigo E que seu espírito voasse Até cair, até ruir o desengano Até romper, até eu ir pro outro plano Até rasgar, até quebrar esse malfeitiço Conselhos de quem nada sabe sobre isso Até eu ser dona de toda natureza Do meu saber, de toda essa tal beleza Até eu ir com medo e fé na mirada Até certas palavras passarem a ser nada Meu peito ainda guarda o que ainda não encarei Medo, quem não tem? Medo, quem não tem? A dor me revela o que ainda não consertei Não mais me esconder Não mais me esconder Eu queria que certas palavras nunca tivessem te atingido Que esses fragmentos e pedaços tivessem achado algum abrigo Que o seu indefeso coração tivesse tido ao menos um ombro amigo E que seu espírito voasse