Nunca deixe de lembrar do dia e do lugar Vamos naquele conversível, seguindo rumo ao norte Se pá, é melhor até andar Já que a arte tem deixado nem um puto no meu bolso Ter, a vista do que vê Girassóis de Van Gogh tem virado um clichê É passado pra eu te descrever Tu me lembra aquela flor, mas eu faço do meu jeito Gira, gira, gira, girassol Gira minha menina, tal dama dama da noite Que de dia brilha mais que o Sol Vem a mim tão linda, quero te ver hoje Se você faz da noite uma criança Tomamos um café pelo amanhecer És a vida transbordando Mas eu fui poeta morto como Augusto dos Anjos E o dia não deixou de ser longo (Não) Só ficou tão suportável quanto não ouvir pernilongo Tu tem pairado sobre mim Paira também, quando a luz está sob nós Faça-me o mel, que eu trago taumatina a você Pra rapadura doce, a fome é um desejo atroz Talvez eu seja ignorante De meses antes, perdi Aquilo que julgava não ser estrela abundante Tão pouco cadente, me suprir de ti É mais do que o suficiente É mais do que o suficiente! Gira, gira, gira, girassol Gira minha menina, tal dama dama da noite Que de dia brilha mais que o Sol Vem a mim tão linda, quero te ver hoje Se você faz da noite uma criança Tomamos um café pelo amanhecer Ela sempre sorri quando encaro os olhos dela Uma dança cósmica, sublime e tão bela Mas talvez nem tão bom assim, já que caiu sobre mim Andrômeda, em sua total Expansão espacial Foi mal, é que tem dias que eu passo mal Já vem vindo o vendaval E eu vou vindo ai também Desculpa se não tem a quem culpar Culpe a mim não sei amar Já disse que não sou ninguém Ainda que não vá entender Eu sou o breu Eu sou a merda toda que Shakespare Quis descrever em uma peça pouca casual Desde um grão, até o fodendo espaço sideral Eu sou assim não sou ninguém Eu sou assim não sou ninguém Eu sou assim não sou ninguém