A meio da noite, de um dia qualquer Lisboa cansada quer adormecer Nas velhas ruas no centro da baixa Há vultos esquivos, inventando uma casa Hua, hua, hua hey Enrolados em trapos, suites de cartão Totalistas do acaso, hóspedes da ilusão São velhos e novos às vezes em tribos Partilhando entre si, a vingança do destino Hua, hua, hua hey O hotel está aberto, com as portas fechadas Noite da indiferença ninguém sabe quando acabas Há um refrão na história, na canção conhecida A face da miséria é o negro lado da vida Hua, hua, hua hey