Não é só brisa, um rabisco numa madruga cabreira Vocês vão saber quem eu sou, mas, da pior maneira No portão da sua goma não é nada pessoal Salve magriça na escalada pronto pra fazer um beral Geral já sabe Por toda cidade, underground vandal, alto grau de insanidade No fim, o que os traços dizem de mim? Quem sou? Ou será que dizem mais sobre quem não quero ser? Enfim, asfalto é palco pra quem não se destacou e na escola eu nunca fiz o meu dever, proceder E o bonde segue esticando a TAG, no Pinote do coyote, o centro tá cheio de verme Pra me envolver foi rápido, são poucos segundos Um espaço, um abraço pra porcos imundos Decifrando algo escondido sob outro letreiro. Aqui paredes tem ouvidos e ainda contam segredos E pra cada muro erguido é mais tinta no dedo É que meus mano "tão" unido e é disso que "seis" tem medo Numa sociedade podre, opressora e parcial o movimento cresce sem necessitar do aval (vai) Pode observar, nóis não tá pra agradar. Atitude e ação, intenção é incomodar Nessa sociedade podre opressora e parcial o movimento cresce sem necessitar do aval (vai) Pode observar, nóis não tá pra agradar. Atitude e ação, intenção é incomodar Peguei meus pano mais velho, de moletom. Calçando um Nike boot que num tem um estado bom Na velocidade do som minha banda toca E a cada sinfonia pronta é uma parede que chora Me incomoda cada dia que passo sem fazer um traço Cada novo que surge propaga a falta de espaço, numa tela gigante exposta na selva de pedra O coletivo cobra quem cola pra fazer média Os que critica, implica à toa o tempo inteiro. A questão que fica, eu sou artista ou arteiro? Verdadeiro vandal Sigo a segunda opção afinal, já viu da Vinci algemado num camburão? Sistema me define como vândalo mané Minha arte não tem vitrine por não gerar um qualquer né Sobrevivendo distante da fama. Escrita urbana que põe fogo enquanto governante abana Numa sociedade podre, opressora e parcial o movimento cresce sem necessitar do aval (vai) Pode observar, nóis não tá pra agradar. Atitude e ação, intenção é incomodar. Nessa sociedade podre opressora e parcial o movimento cresce sem necessitar do aval (vai) Pode observar, nóis não tá pra agradar. Atitude e ação, intenção é incomodar É astro fat preenchendo, e NY no contorno Se tomar enquadro não tem grana pro suborno Só tem apetite pra pintura Nos quadro de cimento, no solo ou nas altura Registro do momento Eu vejo como cultura, você vê como loucura, pra mim é terapia E a drena que me cura o tédio, a revolta Assina logo a TAG e joga a lata de volta Que eu vou estragar o visual Não perguntei se pode, trouxe a tinta pro vandal E guimba no cachimbo Sem tempo de bolar Com a base do carimbo O pirriu vem assolar Mas não vai dar tempo. No limite. 3 minutos É mais que suficiente e atropelo é insulto Respeito é mútuo Nada pessoal (não tio) Só faço parte de um protesto mudo Numa sociedade podre, opressora e parcial o movimento cresce sem necessitar do aval (vai) Pode observar, nóis não tá pra agradar. Atitude e ação, intenção é incomodar Nessa sociedade podre opressora e parcial o movimento cresce sem necessitar do aval (vai) Pode observar, nóis não tá pra agradar. Atitude e ação, intenção é incomodar