Como os Anjos de ruivo olhar À tua alcova hei de voltar E junto a ti, silente vulto Deslizarei na sombra oculto Dar-te-ei na pele escura e nua Beijos mais frios que a lua E qual serpente em náusea fossa Te afagarei o quanto possa Ao despontar o dia incerto O meu lugar verás deserto E em tudo o frio há de se pôr Como os demais pela virtude Em tua vida e juventude Quero reinar pelo pavor