Nas mãos, o sangue escorre Sem empunhar o gatilho A fé movida a ódio No ponto de equilíbrio No silêncio, confessa a sentença Pelo medo, viver é um risco Com as mãos corroídas de passado Hábito-óbito fere a carne, espinha o instinto Ambiente de acasos e atrasos Temporada de extinção no caminho Os doentes em trajes de escravos Na partida, atravessa os trilhos (Sabe aquela narrativa delirante de quem, na morte, vê a vida em um filme funéreo?) Então! Aqui a sessão é diária, cenas reais de um drama sem crédito Não reconheço que pessoas são essas A visão nasce em meio ao extermínio Espectros de uma realidade profana Ou dose fatal de sedativo Narrativas, ilustrações Amorfinam dança do pesadelo Demagogias, terror interno Constroem muros na sucursal do inferno Na sucursal do inferno! Na sucursal do inferno! Logo em seguida, olho pro lado e vejo Espelho em minha face o pesadelo Mais um anônimo no quadro do martírio A figura cadavérica à sombra do suplício Mentecapto poder administra A morte de quem sua sala determina Que a criança morre, o pobre morre e quem tá morto também morre Na primavera, a náusea é quem colore (Na primavera é a náusea quem colore) A náusea é quem colore (Na primavera é a náusea quem colore) (Na primavera é a náusea quem colore) Na primavera, a náusea é quem colore A náusea é quem colore (A náusea é quem colore)