É coisa de preto quilombola O som do batuque, o corpo de mola Vem curimbar, São Lucas chegou Se liga no rufar do meu tambor Axé Mamãe Força matriz da terra Ilê dos orixás A fé dos ancestrais Áyán nasceu da natureza Na proteção da realeza E fez a travessia pelo mar Nossa gente escravizada Preservou seus rituais Silenciar jamais Ogã abre o xirê Tem capoeira, maculelê Tocam atabaques e clarins Filhos de Gandhy na Lavagem do Bonfim Carrego flores a Iemanjá Odoyá, rainha do mar Segue abençoado meu cortejo Maracatu com frevo Vou me jogar no carimbó E ver nascer o boi bumbá Sinto a minha pele arrepiar (no toque do olodum) Evoquei nossos tambores No compasso divinal Pra ressoar no carnaval