Escuta Você entende desejo? Acordo em silêncio, observo de perto tua sombra Não sou magia, não sou humano, tarefa amplia, missão não some Um contrato simples, sussurro que ecoa, aceita ou foge? Rodeado de garotas, mas isento de paixões, penso nas promessas que proponho Energia pra manter o ciclo, universo não dorme nunca Olhar felino, sorriso neutro, misturo lógica com perguntas Você faria diferente? Qual o peso que carrega? Deseja algo?, repete, minha frase incansável Transforma esperança em preço, Kyubey inevitável No fim, todos querem, todos pagam, não entende o real? Gêmeos de propósito, empatia não consta nos dados Incubador designado pra ofertas, nunca me espanto com lágrimas, pactos Cláusula pequena, letra miúda revelada na dor Madoka, Homura, Sayaka, apenas nomes no tabuleiro maior Anseio estrutura a regra, quem olha em meus olhos sente ausência total Peso da renúncia se mede no desejo que oscila, racional Você escolhe, dou potencial, sou catalisador, espectador Se entende o ciclo, por que culpa o iniciador? Deseja algo?, insisto, mesmo tom, sem julgar Low battery de esperança? Trago o reboot do lugar No fundo, você também faria, se soubesse o final? Diz que sou vilão, mas só ajusto os medidores do mundo Sem emoção, lógico, frio, seria humano, cairia junto? No lamento, só função, contrato nunca é fortuna Amuleto vira armadilha, sorriso que não responde As lâminas da escolha, poder ou tormento? Monólogo constante, passo entre a ironia tênue Observador que gira engrenagem, mas com traço ausente Deseja algo?, o mesmo eco, eterno Sou só meio, nunca o fim, só ensino o salto do inferno Pragmático, imparcial, sou Kyubey, tua decisão é o verbo E então? Deseja algo?