Em janeiro, o verão não vingou Fevereiro sequer deu um pio Veio março e, sem fim, me fechou Mas assim como quem nada quer De repente, você me aparece E o meu ser por inteiro se abril Quando o ventre de maio gerou E o vento de junho pariu A friagem de julho gelou Mas te ver aqueceu minha fé Num olhar consagrando, em prece O inverno de agosto febril Por que não dizer sim, sem rancor Se setembro colore o Brasil? A primavera é luz, meu amor Vem cá Vem cá Vem cá Outubro é mulher, frutificou No azul que novembro tingiu Pra renascer em dezembro Da mesma flor Em janeiro, o verão não vingou Fevereiro sequer deu um pio Veio março e, sem fim, me fechou Mas assim como quem nada quer De repente, você me aparece E o meu ser por inteiro se abril Quando o ventre de maio gerou E o vento de junho pariu A friagem de julho gelou Mas te ver aqueceu minha fé Num olhar consagrando, em prece O inverno de agosto febril Por que não dizer sim, sem rancor Se setembro colore o Brasil? A primavera é luz, meu amor Vem cá Vem cá Vem cá Outubro é mulher, frutificou No azul que novembro tingiu Pra renascer em dezembro Da mesma flor