Ouviram o gemido das crianças Um grito de pequenos corações Que choram por um lar Que esperam por papai mamãe voltar Ouviram o prantear das mães sempre a chorar Pelos Joãos e Isabelas tão pequenos como Cloé Os recém nascidos dos seus braços arrancados Substituídos pela dor, uma dor que não tem fim Ai, Senhor, quanto amor que falta aqui Ai que dor é um lamento fulminante angustiante Salvador leva para longe os pedaços que restou de mim Pra um lugar onde os rios não sejam de lágrimas Nem os castelos de areia e que os corações de pedra Não sejam Eu queria me deitar eternamente Em berço esplêndido e acordar As margens plácidas Ouvir o brado, que a paz reinará E o Sol da justiça brilhará Que o Senhor traga igualdade Para toda humanidade Que o sonho da esperança a terra desça Que os filhos deste solo jamais pereçam Ouviram os gemidos das crianças