Filhos da guerra como bósnios Minha boca na tua boca, eu saboreio o cosmos Aurora onde eu pertenço, tu, banda sonora do silêncio Desejo que nutro, fraquejo, minha igreja é o teu útero Arte e harmonia, dentro de ti até ser coreografia Grandeza de filantropo, 'tô no topo, minha pátria é teu corpo Vivo do alento que nos une, teu cheiro é o meu perfume O quarto e cenografia, teus orgasmos são a nossa biografia A plenitude no teu leito, tuas virtudes curam os meus defeitos Perfeição discreta, sem ti eu não seria poeta A morte não chegará, nós, a Lua, ménage à trois Eu e tu, paradoxal, o teu normal é o paranormal Noutra vida seria igual, tu, minha cela espiritual Intemporal, intemporal Intemporal, intemporal Geramos devotos O amor move o mundo, geramos terramotos Risonho e realizado, meu sonho é ser sonhado Esquentações de inverno, 'tamos a 100 pulsações do eterno Monogamia, amor de sábios Minha solidão suicida-se nos teus lábios Gravamos novas páginas, copulamos e choramos sem lágrimas Marés de amor que eu embrenho Tudo o que tu és, é tudo o que não tenho Só relações frívolas, quero risco como sexo entre víboras As estrelas nossos espólios Tua beleza é um troféu pra'rós meus olhos Coração o epicentro, não te quero perto, quero-te dentro Meu desgosto encaixotado Escrevo mais que Saramago apaixonado Ser imortal é a luta, o nosso pós-guerra é o Kama Sutra Romance atestado, vamos pra'ró céu fazer um golpe de estado Intemporal, intemporal Intemporal, intemporal