Se o verso que escrevo tivesse diploma E pudesse pedir aos homens de agora Renovar esperanças que o tempo nos toma De pealar injustiças e mandá-las embora Se o verso que escrevo semeasse na terra Sementes de paz nas searas do mundo Os motivos daqueles que fazem a guerra Cairiam pra sempre em sono profundo Refazer a partilha do abraço e do pão Para saciar as almas e bocas vazias Unir classes e raças em um só coração Qual o Sol e a Lua repartem os dias E o verde da vida que aos poucos se some Em rios poluídos que são feridas abertas O poder e o dinheiro não matam a fome Sem plantar alimentos a terra é deserta Que se escute o pedido que vem deste povo Que hoje está às margens da sociedade Abriremos caminhos pra um tempo novo Pra que o nosso futuro seja de liberdade