Destemido e sem rumo, troteando pra cidade Com seu único amigo um cavalo selvagem Olha pro Xerife sem nenhuma piedade Ergue seu chapéu desafia a autoridade Mete o pé na porta e nas mesas do saloon Chama as prostitutas e pede por um rum A festa fica boa quando houve um chamado É o xerife da cidade impondo seu reinado Armas empunhadas, balas vão passando Corpos vão ciando por todos os cantos Mulheres e crianças ficam ali chorando E quando as balas param resta uma em cada cano Dez passos para cada lado O sino toca apenas um badalo Um estampido e a estrela vai caindo O padre abençoa o corpo do indivíduo Recolhe o troféu, marca da sua glória Olha para o corpo agora sem história Não guarda sentimento, apenas suas balas Grita aos sete ventos que ninguém o cala Monta em seu cavalo e bate as esporas Olha para om peito o sangue que ali jorra O que não esperava era a revolta de um menino Que via o seu pai ali no chão caído Arma empunhada lágrimas nos olhos Tiros disparados com todo o ódio Vingança inesperada aguçada pelo instinto Aquele era o fim de um homem sem destino Dez passos para cada lado O sino toca apenas um badalo Um estampido e o destemido vai caindo O padre abençoa o corpo do indivíduo