Sei Que o que trago é um corpo cansado de ter Marcas no rosto Meu olhos Já não enxergam um distante tão perto de ser Tocado por meus lábios Eu sei Meu braço posto a mesa Meus punhos já cerrados Minhas veias abertas E o que vai entrar é dor Disfarçada de prazer Por tão poucos minutos E o após você sabe Não é preciso lhe dizer Já Que os meus dias parecem tão pequenos E a noite como sempre vem me acordar E por horas custo a despertar Do sono Eu Que trago a tempestade junto aos meus sonhos Viajo entre estranhos Me perco pelo espaço Me encontro nas estrelas Que se acendem por isqueiros e velas Meu corpo todo inerte Esperando abrir meus olhos Que de tão cegos não percebem Que esse dia dura pouco demais Dura pouco demais