Desejo oculto Vem das sombras A beirando à espreita Da carne humana Que a profana Cuja refeição é feita Criaturas insanas Que dentre homens vem caladas Em silêncio sacia a fome Em prol da face velada Carniçais, a espera da recompensa Cura de sua fome Que degrada o próprio corpo Igual doença A atmosfera fica densa perante os devoradores Na cidade de Tokyo Sobre os demônios há rumores Famintos causam pavores A cada morte que geram Sensação de adrelina Cor do sangue eles veneram Esperando na esquina Ninguém pode ter segurança Madrugada vem propícia Mais uma caça em bonança O olhar fica evidente Dependem de tirar vidas No sorriso exibem dentes Contentes em dar mordidas Conciência perdida É preenchida pelo instinto Aparenta ser humanos Mas por trás um ghoul faminto É real Não um conto fictício Devoradores na rua Alimentando o seu vício Desfilam entre nós Acima de qualquer suspeita Esperando o alimento No final da rua estreita A besta corrompida Se vê sendenta por carne Depois que começa Nada pode fazer que pare Se for pego é o seu fim De nada serve o esforço Seu corpo é devorado Até que reste apenas osso O medo toma conta E eles podem sentir O corpo engana Mas o coração não tem como mentir O temor de sua presa Lhe proporciona prazer Recompensado pelo que A refeição pode trazer É uma seita Que vive nas sombras da sociedade Com atos compulsivos Expostos a insaciedade São os Ghouls Criatura de um folclore A cada sangue derramado De vermelho o chão colore É sua natureza Aquilo que os consome Pra viver matam pessoas E também a própria fome Não há como escapar Não há caminho distinto São criaturas escravas Do próprio instinto Ocultam a verdade Mas sempre estiveram perto Desde início esperando Atacar no tempo certo Entre os homens o mal Não seu próprio algo externo São as bestas Devoradores do inferno