A noite estava assim enluarada, quando a voz já bem cansada Eu ouvi de um trovador Nos versos que vibravam de harmonia, ele em lágrimas dizia Da saudade de um amor Falava de um beijo aapaixonado, de um amor desesperado, que tão cedo teve fim E desses gritos de lamentos, eu guardei no pensamento Uma estrofe que era assim: Lua, vinha perto a madrugada, quando, em ânsias, minha amada Nos meus braços desmaiou. E o beijo do pecado O teu véu estrelejado A luzir glorificou Lua, hoje eu vivo tão sozinho, ao relento, sem carinho Na esperança mais atroz, De que cantando em noite linda Essa ingrata, volte ainda, escutando a minha voz