Só me julga Só me julga e some! Julga e some! Julga! Some e julga! Então some Mas não some daqui Julga mas some e sobe comigo Galga uma mudança Não esqueça a andança Erros são lanças análogas E de ambas as partes arranca Uma parte e mostra Acende uma tocha e queima Sou bolha que estoura Sou ferida exposta A sutura demora A cicatriz apavora Antes de acostumar e compor E no decompor se vê Parte de ti é ferida De ida e vinda De bala perdida E nem vem do cano Engano De quem julga sem ouvir o mano De quem vive sem permitir o pranto De quem culpa sem entender o plano de vida E todos tem os seus carmas e calmas Que se perdem e alastra Rancor acumulado Pedrada de quem atirou Recitando a velha parábola Quem nunca pecou que atire a primeira pedra! Quem nunca atirou e depois se viu na mira Não minta, evite hipocrisia A verdade liberta E a razão nem sempre a cerca! Entenda que estar errado Faz parte da reflexão e da composição Introspecção é importante pra ação! Entonação raivosa Defesa de quem não sabe ouvir um não! Coitado é dito sem nenhum relato É pena sem saber de fato Que o coito fora forçado Eu não sou relapso Diz: Ó, coitado E nem sabe que pena escreve o fato Retrato no ato da escrita E dou a pena um sentido sensato Segue um relato de época Pessoas morrem de boca aberta Chacinas diretas Sem choros, nem velas Prisões arbitrárias Sem provas concretas O mídia indigesta E a briga entre gente é estratégica Vê se me acerta Arme os seus E ame os seus Não desconversa Conversa e enfrenta Somos Deus A falta de fé tomou conta Não tem a ver com ser ateu Seja cura pros teus! Quem nunca pecou que atire a primeira pedra! Quem nunca atirou e depois se viu na mira Não minta, evite hipocrisia A verdade liberta E a razão nem sempre a cerca! Só me julga Só me julga e some Julga e some Julga Some e julga!