Diz o livro Que rege o país Somos todos iguais Branco, preto Guajás, guaranis Candomblés, catedrais Cada morte, no entanto, diz Que no campo, subúrbio e favela Nossa gente duela Pra resistir Sorrir e ser feliz Usam leis Mídias pagas, fuzis Pra calar ideais É o Brasil Sufocando os Brasis Marcas coloniais Mesmo que seja por um triz Quero ver se romperem as regras Novas panteras negras E Raonis Modificando o corte em cicatriz Penso em quem já sangrou demais De Eldorado do Carajás À chacina que fez Vigário Geral Perder a paz E essa tropa do olhar sem luz Que ainda sangra Marés, Xingus É a mesma que há muitos anos matou Jesus