Em Presidente Bernardes Um japonês fazendeiro Um dia foi na cidade Pra receber um dinheiro Num reservado de um bar Tinha um preto cachaceiro disfarçado Viu quando ele recebeu Dois mil cruzeiros Já foi esperar de tocaia Aquele nego traiçoeiro O japonês tava na vila E junto tinha uma fia Pôs o dinheiro no seio Para minha garantia Em certo ponto da estrada do mato Um tiro saiu Quando viu seu pai cair Pobrezinha corria Foi chegar numa casinha Pra ver se alguém acudia Uma senhora de cor Que na porta foi saindo Menina contou a história Com a lágrima caindo Vai deitar-te lá na cama Tem uma menina dormindo Meu marido tá de viagem Aí por perto já vem vindo Ele vai chamar o soldado Pra pegar o assassino Dali a pouco seu marido Já foi chegando afobado Eu matei um japonês Dei um pulo muito errado Fale baixo, Vitorino Que a menina tá deitada E se ela acordar Teu nome vai ser publicado Matei o pai, eu mato a fia Com isso vou terminar Menina tava escutando Pela janela ela saltou O preto foi lá na cama Tava escuro Ele apalpou, marcou bem o lado esquerdo E o punhal ele ficou Mulher, traga a lamparina Que ela nem acordou Na hora que ele foi ver A própria fia matou Hoje ainda tá pagando Ai, por dois crimes Praticados arrependido Ele tá aí na penitenciária Do estado