Ora yê yê ô, Oxum Kabecilê Xangô Meus sonhos e tambores, tintas e Prazeres Pra você, Heitor Ora yê yê ô, Mamãe Oxum Kabecilê, meu pai Xangô Meus sonhos e tambores, tintas e Prazeres Pra você, Heitor De todos os tons, a Vila, negra é De todos os sons, a negra Vila é De China e Ferreira, Mocambo Macacos e Pau da Bandeira Da nossa favela branca e azul do céu No branco da tela o azul do pincel Vem ser aquarela, pintar a Unidos de Vila Isabel Ora yê yê ô, Oxum Kabecilê Xangô Meus sonhos e tambores, tintas e Prazeres Pra você, Heitor Ora yê yê ô, Mamãe Oxum Kabecilê, meu pai Xangô Meus sonhos e tambores, tintas e Prazeres Pra você, Heitor Sonhei Macumbembê, sonho Samborembá Macumba é samba e o samba é macumba Pode até fazer quizumba, só não pode é separar Sonho samborembá, macumbembê Vem da Mãe-Terra, firmou ponto na Bahia E na África Pequena germinou pra florescer Ê quilombo é a Pedra do Sal Arraigou em terreiro e quintal No chão batido assentou o fundamento Foi o Lino de madrinha De Padrinho, espelhamento Flutuou na capoeira ao perfume de Ciata Negro Príncipe de Ouro O anjo de asas de prata Um Ogã-Alabê, macumbeiro À fumaça do cachimbo, Preto Velho soprou Encanto da gira e da roda de bamba Poesia da curimba, batuqueiro e cantador Foi do Lundu e do Cateterê Alinhou no linho santo, cavaquinho na mão Apaixonado Pierrot, afro rei A flecha certeira de Oxóssi na canção Reluz nas escolas, em Noel e Cartola Ganhou o mundo com o mundo de Paulo Brazão De todos os tons, a Vila, negra é De todos os sons, a negra Vila é De China e Ferreira, Mocambo Macacos e Pau da Bandeira Da nossa favela branca e azul do céu No branco da tela o azul do pincel Vem ser aquarela, pintar a Unidos de Vila Isabel Ora yê yê ô, Oxum Kabecilê Xangô Meus sonhos e tambores, tintas e Prazeres Pra você, Heitor Ora yê yê ô, Mamãe Oxum Kabecilê, meu pai Xangô Meus sonhos e tambores, tintas e Prazeres Pra você, Heitor