Maluco conduzido brinca de robô e eu sinto no meu peito formas de criar Buscando no entremeio a força pra cantar, assumo o compromisso, mas não sei se vou A turma da pesada do nazifafá que cheia da certeza viu o motor parar Se o tempo se revolta pra se recriar, encontra na poesia o seu defensor Eu rompo contorcendo a linha do Equador frustrando essa verdade do grande doutor Artista que se mede tende a conformar as partes de uma tela sem se decompor Ausente de desejo nega o abortar, maquia o sentimento e toda a sua dor Calibre 700 só pra papocar a mente ressacada desse fui, não sou Sabendo brincar nesse santo desviar escapa da caixinha do jardim do amor Partido predileto é saber trilhar quebrando o ornamento do nosso pensar Pulsando mil conflitos a se equivocar no mundo do deslize só pra derrapar Painho se refazendo pra poder entender que a estrada é muito torta pra se nortear Quem mata o experimento nega a visitar a busca do segredo do primeiro alô O massa de ser gente tá no transbordar na busca do remendo do que não chegou E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou Solta essa palavra pelo vento, o que faço e reinvento Se transforma todo dia numa nova poesia Que com o tempo escapa o tempo Entre glórias e lamentos, a palavra vai se modificar Fluida como a vida, oscilante como está Andando em uma rua e num instante retornar Pra uma nova rua que vai dá noutro lugar A palavra se constrói, se constrói, se constrói sem parar E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou