Madrugada mais lobuna, mateio desprevenido Tenho andado mal dormido com paixões demais pra um Os meus olhos tresnoitados se voltam mesmo pra dentro A vida põe sal na boca e o mate não mata a sede Querência fica distante mesmo andando dentro dela Que me importa o Sol na cara se a alma não amanhece Não quero sonhar de novo, renascer não vale a pena Alegria pouco importa quando a vida anda pequena Solidão bate no rancho, já me sabe mais covarde Vou cultivando um silêncio que vai florescer na tarde Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai de mim Corpo de moço, jeito de rio Ai, ai, ai ai, ai, ai, ai, ai de mim Alma de poço, peito vazio