Eu vejo um ar de sensatez Na sua ação de se congelar Até que todos os podres seus Se percam na história E adeus! Quem vai contar o que aconteceu Serão os livros da posteridade Quando os pecados seus Forem admirados Mas eu te perdôo afinal Somos mais de cem E quem não tem um segredo podre Pra esconder como um animal Eu sempre amo alguém que nem conheço Assim tão bem E nem convém conhecer alguém até o final Eu vejo um ar de sensatez Na comoção de quem te quer morto Linchado com pau e pedra Exposto na praça em pele Se alguém notar que cometeu Um ato vil ao te assassinar Verá que o mal é um dom De que todos se armam E eu te perdôo afinal Somos mais de cem E quem não tem um segredo podre Pra esconder como um animal Eu sempre amo alguém que nem conheço Assim tão bem E nem convém conhecer alguém até o final Você é um exemplar do fundo do poço Mas eu amo o mal