Tu que me moras que habitas comigo a mesma casa e na ponta dos pés às seis horas vais embora de sob a minha asa Tu que me motas que cuidas da minha dor de cabeça e que vais retirando as escoras que sustentam os medos que eu teça. Tu que me mimas que me beijas os sinais dos rastros que enlouqueces preso às minhas crinas quando estamos voando nos astros. Tu que me moras que me curas da febre em que ardo dentro de ti caminha um leopardo que luta com a solidão.