Assim, ó Porque desse sentimento estranho Ocupa tanto espaço no peito Quando achei que eu tinha um plano Essa merda me pegou de jeito Falo de saudade, alguns males Do meu mano que morreu com vinte Da vadia que era de verdade Custei entender E eu tinha outros planos com dezenove E o medo de ser mais um cara Fazer rap era só meu hobby Conheci a saudade da forma mais rude Sozinho, hoje me dói lembrar Como vinil antigo E essa sensação de que eu me perdi Confundiu meu agora Esses dilemas, meu amigo morreu Ou será que ela volta? Ou então meu pai que fez um gênio Nunca deu bola É o que move minha arte A caneta sangra Eu sou selvagem No ecossistema de cobras e ratos Eu sou selvagem Pra fugir desse poço Fui ágil igual gato e girei a engrenagem Todo mundo quer o brilho do palco Mas nunca passar pela fase É se ver sozinho sempre incomodado Com a tal da saudade Saudade é um vazio que te preenche Sentimento indômito Lembrar de alguém é uma dadiva Mas também pode ser sua morte Eu vou me curar de toda essa dor Heróis também precisam de afeto Lide com isso, é um mal necessário Já nem falamos o mesmo dialeto Eu sinto saudade mas não me entrego Talvez eu não precise ter medo Meus planos nem são mais o mesmo E você achava que era ego E eu tinha outras metas com dezessete Era um tanto quanto inconsequente E o ódio queimava minha pele Nem sentia saudade de nada da vida E pra onde foi esse moleque? E essa sensação de que eu me perdi Eu senti na hora Hoje ele é mais, será que me perdoe O WC não volta Ou então meu pai que nunca me ensinou Instrumento de corda É o que move minha arte A caneta sangra (VND)