Nas águas turvas onde a Lua se esconde Lá cresce a lenda que o medo responde Um passo em falso Um toque na areia E a maré te abraça na noite alheia Os velhos contam com voz trêmula e fria De um monstro que espreita na água esguia Suas garras cantam, afiadas e fortes E quem as escuta já sela sua sorte Dizem que a espuma carrega seu nome Que os naufrágios são sua fome E sob a tormenta das águas sem fim Krabb te aguarda e arrasta pra si Os sábios alertam a quem o desafia Até a tormenta o teme e estima Os sábios alertam a quem o desafia Até a tormenta o teme e o estima E quando o silêncio pairar na enseada É krabb o flagelo findando alvorada Nas águas sombrias onde o medo é lar Há um nome proibido do susurros no ar Os ventos que sopram carregam sua voz Os tolos que ouvem não voltam pra nós Carapaça de aço e garras de um rei Krabb o flagelo emerge outra vez Com olhos de ámbar, impassível e frio Arrasta pros mares e rompe navios Os homens do mar, ousados e tolos Erguem suas preces, banhados em choro Mas krabb o monstro terrível e vil A voz desses homens sequer ouviu A espuma sussurra em tom de aviso, krabb o não atende pedidos Sua casca rija, moldada em espinhos Forjada em correntes de sais tão antigos Seus olhos pequenos, sem pena ou clemência Vem do além, trazendo a sentença Os sábios alertam quem ousa o enfrentar Que ele é mais forte que a fúria do mar Os velhos avisam quem o desafia Até a tormenta o teme e o estima E quando o silêncio pairar na enseada É krabb o flagelo chamando alvorada