O riso -- o voltairesco clown -- quem mede-o?! -- Ele, que ao frio alvor da mágoa humana, Na via-láctea fria do nirvana, Alenta a vida que tombou no tédio! Que à dor se prende, e a todo o seu assédio, E ergue à sombra da dor a que se irmana Lauréis de sangue de volúpia insana, Clarões de sonho em nimbos de epicédio! Bendito sejas, riso, clown da sorte -- Fogo sagrado nos festins da morte -- Eterno fogo, saturnal do inferno! Eu te bendigo! No mundano cúmulo És a ironia que tombou no túmulo Nas sombras mortas de um desgosto eterno! (Termina aqui o poema original)quem mede o riso, mede o pranto? Todos estão indo, sabem para onde? Quem molda o riso, molda a máscara? Não é a dimensão do festim, a mesma do sepulcro? Ah, a volúpia humana, que antecede o desgosto (Diz algo ininteligível)