O pior é quando vem alguém pra querer mudar o mundo Aí, você escuta logo: Ah! Esse aí é vagabundo não quer trabalhar E se a pessoa defende alguma causa social então hummmm Ela vai conviver cara a cara com o mau E se for Preto então, multiplique tudo que eu disse Pois o efeito de te ver no poder provoca em suas mentes Um defeito que certamente é o preconceito Aí eles pensam: Preto não merece o poder Preto não foi feito pro poder Viado não é gente mesmo! Artista é tudo gay, vagabundo, maconheiro! Empregado não será patrão Pobreza não chega a nobreza É assim que é meu mundo então! É assim! É assim que é! É assim que é meu mundo então! Ah! Esse povo fede! Nossa! Esse povo fede! Peida não, hein É isso que eles pensam É Isso... Que eles pensam Mas cadê a batida?!? A vida não é um musical da Broadway E o mundo cão de Hollywood vende ilusão E a podridão vem como avalanche, irmão A noite inteira lá na Mangueira A bala cantou o povo todo dançou A bandidagem fechou o Rebouças e roubou Carros, bolsas Gucci, Vuitton e Rolex Broadway, Broadway, Broadway, Broadway Aqui não é Broadway, Hollywood é ilusão O sangue vermelho escorre pela linha amarela O ouro amarelo derrete pela linha vermelha E corre pela Brasil, e corre pela Brasil Passa em Madureira, Guadalupe e Cordovil E volta pela Brasil, passa no Lavradio, Lapa, Catete Glória e Palácio das Laranjeee. Laranjeiras Palhaços das Laranjeiras Cadê o ouro que tava aqui? O gato comeu Vou perguntar e quero ouvir! O rato comeu Cadê o peixe que tava aqui O gato comeu Cadê o queijo que tava aqui? O rato roeu Roeu! O rato roeu o queijo e não desarmou O povo acuado, desarmado, chorou e viu O rato roer o queijo e escapuliu Da ratoeira, ratoeira, ratoeira