Não tem parada, segue a estrada e lá se vai Velho chibeiro, canoeiro do Uruguai Precisa se sorte, longe da morte para voltar Correndo perigo e o rio seu amigo é uma vida a sonhar Quero que olhe agora a quem precisa Ganhando o pão, arriscando a vida, sem ter salários para contar Trate com muito respeito o amigo costeiro Chibiando, pescando o dia inteiro Mulher e filhos pra sustentar Caminho incerto, o longe é perto pra quem tem fé Pra sobreviver seu tempo é correr peleando a pé Trabalho é duro, não tem seguro se acaso morrer Canoa recheada, banha e marmelada, sabão pra vender Clareia o dia e a gendarmeria na perseguição Canoa pesada no meio da água lá vai o peão É o filho que chama e a mãe que reclama, fazendo oração E o pai quando chega acaba a tristeza no rancho que chão