Ô rosa dos ventos Que sopra o destino além do papel Seu traço é muito mais que inspiração Palavra moldada na palma da mão Toda corte enamorada pela sua fantasia Dos retalhos de um sonho que nasceu alegoria Reinventa! Faz de conta! Utopia manifesta Imagina que o povo é o dono dessa festa O seu samba é de maré Que abre caminhos, força de mulher! Encontra o destino em delírio profundo No arrastão da esquina do mundo Vem provar minha cachaça Puxa o banco e vem prosear Nesses bares da ouvidor Tem paticumbum! Um brinde à minha flor Em verso e flora, meu Brasil Na arte a semente que não desistiu Vermelho que acende o pavio Aplausos! Desfilo pra eterna professora De novas tropicálias, criadora Sonhar é forma de revolução Entre Pamplona e Arlindo Rainha na noite da coroação Desata o nó da garganta do nosso torrão Deixa meu povo festejar Lembra, sou eu... O seu carnaval No meu jardim quem te viu primeiro Ó linda Rosa, foi o Morro do Salgueiro