Agô N’ilê N’ilê Madagô (oi agô) Gira na roda do tempo, gira Dissipa a névoa branca da maldade Negrinho do pastoreio Hoje é sua a Majestade! Xapanã quem guiou no Ifá E quem chega ao Rio Grande é Custódio de Ajudá Sapakta quem girou no meu samba Onde reina o orixá, reluz a coroa dos pampas Ê Mandigueiro que guarda meu caminhar Seja elite ou mendigo o feitiço é de ajudar Cabinda, Ijexá Jejê, Oió e Nagô Alupo! Alupo! Bará meu senhor! Aos batuqueiros eu peço a proteção No quilombo da Portela é que se faz revolução Mercado, pé no chão pelo caminho Nunca vou andar sozinho No Rosário é que eu me encontro No ponto, na pele, no enfrentamento Onde há renascimento Negritude é reconhecimento! Empunho o estandarte lá do início Meu ofício é recomeçar Toda águia tem seu ninho Abram alas que o Negrinho Ganhou asas pra voar! Sou Portela de Bará! Águia de Exu! Meu samba é raiz, batuque do Sul A história de Custódio nos ensina O Brasil é mais preto que se imagina!